quinta-feira, 30 de abril de 2009

O CONVERTIDO

A Gonçalves Crespo
Entre os filhos dum século maldito
Tomei também lugar na ímpia mesa,
Onde, sob o folgar, geme a tristeza
Duma ânsia impotente de infinito.
*
Como os outros, cuspi no altar avito
Um rir feito de fel e de impureza...
Mas, um dia, abalou-se-me a firmeza,
Deu-me rebate o coração contrito!
*
Erma, cheia de tédio e de quebranto,
Rompendo os diques ao represo pranto,
Virou-se para Deus minha alma triste!
*
Amortalhei na fé o pensamento,
E achei a paz na inércia e esquecimento...
Só me falta saber se Deus existe!
Antero de Quental, Sonetos

sábado, 25 de abril de 2009

quarta-feira, 22 de abril de 2009

terça-feira, 14 de abril de 2009

Será isto, João?

A fotografia das glicínias (penso que há quem lhes chame lilases) fez vir ao de cima as recordações do João Coelho:
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No Largo 2 de Março, junto à minha velha Rua do Saco (oficialmente Rua Coronel Miranda), em Ponta Delgada, havia (há) um jardim rodeando uma mansão que se tornou mais tarde a Residencial Palmeira. Estas flores também lá estavam - não sei se lhe chamavam glicínias - e tinham uma particularidade: só perfumavam o ar à noite..Era muito agradável, nos serões de Primavera, sair de casa para ir até ao café Gil e sentir aquela fragrância, num como que prenúncio de uma noite prazenteira. E às vezes eram..
Casa das Palmeiras
Livraria Gil

Era a esta casa que te referias? Não tenho a certeza. Penso, no entanto, que o Largo 2 de Março é onde fica a Presidência do Governo e, portanto, a Casa das Palmeiras fica na esquina do Largo com a Rua do Diário dos Açores. Será?

quinta-feira, 9 de abril de 2009