Os inuit, como são chamados os esquimós do Canadá, construíam monumentos de pedras sobrepostas, com forma humana, que serviam de sinalização e guia nas suas deslocações no Árctico gelado. Esses monumentos da arte inuit – os INUKSHUK - significam também amizade e são, hoje, um dos maiores símbolos do Canadá, sendo usados, a nível oficial, em homenagem à mais antiga cultura indígena do país. A sua popularidade levou a que fosse adoptado como logotipo dos Jogos Olímpicos de Vancouver (edição de Inverno) de 2010.
Pois agora, um açoriano da ilha de S. Miguel, de seu nome José de Melo, que emigrou para o Canadá há cerca de 35 anos, resolveu construir o Inukshuk mais alto do mundo, para que seja registado no Guinness. Esta peça de arte tem 11.77 metros de altura e pesa 82 toneladas. Até aqui, nada de novo. Muitos são os que querem entrar para o famoso livro.
Interessantes são as razões que, segundo o Sr. José de Melo, o levaram a fazer esta obra: Este Inukshuk pretende ser um "reconhecimento à arte e história dos povos aborígenes do Canadá", mas "também chamar a atenção para os produtos em granito que, além de serem materiais muito duradouros, não prejudicam o meio ambiente em que se inscrevem". O autor confessa ser um defensor atento da ecologia.
Tendo começado a trabalhar, no Canadá, como jardineiro, estabeleceu-se por conta própria e fundou uma empresa que extrai e trabalha o granito da sua pedreira, localizada na cidade de King, nas proximidades de Toronto.
São homens como este que nos fazem sentir orgulhosos dos emigrantes portugueses que, tendo de procurar o “pão” em países estranhos, não se deixaram abater, mostrando como a sua saída empobrece o país que se dá ao luxo de os perder.
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