sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Se não fossem as pequenas alegrias...

Encontrar seja o que for que diga respeito às ilhas dá-me uma alegria imensa. Sinto, dolorosamente, a falta do muito de bom que nelas há. Por isso, vou-me contentando com o que aparece sem eu contar. Claro que prefiro gastar o leite, a manteiga, o queijo, o atum e o ananás açorianos. Quanto ao resto não é fácil de encontrar.
Agora, calculem o que senti quando, no Pingo Doce a dois passos de casa, dou de caras com as embalagens castanhas dos "Carrilhos", fabricados em Vila Franca do Campo pela "Garçataínha". E também de biscoitos caseiros e de côco. Levei dos três para provar. Todos bons: os caseiros, mais leves e menos doces, engordam menos; mas... os carrilhos são deliciosos. Já viciei toda a família. São de "comer e chorar por mais". Há dias, foi a vez do chá. Estava sempre a barafustar por não encontrar à venda o chá dos Açores. É verdade que os amigos daí me vão abastecendo, mas custa-me incomodá-los. Desta vez, foi o Continente a surpreender-me. Já tem chá do Porto Formoso. Espero que, em breve, tenha também da Gorreana. Afinal, são ambos deliciosos.
E este "bonito" de S. Jorge? Muito bom, MESMO!!!
Vê-se logo que sou gulosa. Não nego. Gosto de comer coisas boas e ainda mais quando estão associadas aos meus afectos.
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Para não ficar só pela Gastronomia, vou transcrever uma notícia publicada na revista TEMPO LIVRE, do INATEL. Aqui vai:
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TURISMO PARA TODOS – AÇORES 2008
Por iniciativa de S. Ex.ª o Presidente do Governo Regional dos Açores, o Orçamento da Região Autónoma para 2008 criou o Programa Turismo para Todos/Açores, com gestão do Inatel, destinado a proporcionar férias, nas épocas baixa e média da hotelaria e restauração, a mil concidadãos açorianos carenciados, combatendo, também, o isolamento decorrente da dupla ou tripla insularidade.
[…] instrumento de coesão social e inter-ilhas, de combate ao isolamento económico ilhéu, empresarial e local. É, para o Inatel, uma honra haver merecido do Governo Regional dos Açores a confiança para este novo e estimulante desafio.
Decorrem, também, negociações com o Governo Regional e os Municípios de Ponta Delgada, Angra do Heroísmo e Horta, no sentido da criação de centros de férias em S. Miguel, Terceira e Faial, assim como nas Flores e na Graciosa, ilha que a UNESCO acaba de classificar como reserva natural de biodiversidade. (*)
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Sou sócia do INATEL e tenho uma enorme admiração pelo trabalho desenvolvido por esta instituição. Para além dos centros de férias, com óptimas condições e localizados em locais lindíssimos, investe na cultura, na recuperação do património, no desporto, etc.
Quando apresentou um projecto para exploração do Teatro Rivoli (como acontece, em Lisboa, com o Teatro da Trindade, onde executa um repertório de excelente qualidade), fiquei deveras desapontada ao saber da preferência, do Presidente da Câmara do Porto, pela candidatura de Filipe La Féria.
O INATEL tem, talvez como grande objectivo humanitário e social, o chamado "turismo sénior", que proporciona viagens e férias aos mais velhos a preços especiais, de acordo com os seus rendimentos. Se eu, e outros com rendimentos idênticos ou superiores, quisermos participar nessas actividades, pagamos o máximo. Acho isso muito justo. Muitas dessas pessoas tiveram vidas de trabalho e de dificuldades, sem nunca terem tido a possibilidade de "sair do seu canto". É bom podermos adoçar-lhes um pouco os anos finais das suas vidas.
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(*) "As ilhas do Corvo e da Graciosa, nos Açores, foram classificadas pela UNESCO como Reservas da Biosfera, na sequência de uma candidatura apresentada pelo Governo Regional.
A classificação de uma zona como Reserva da Biosfera tem como principal função a defesa e protecção da biodiversidade, o desenvolvimento sustentado e o conhecimento científico.
Este estatuto permitirá reorientar as decisões ao nível da gestão, compatibilizando a preservação da biodiversidade com a presença humana.
Com esta classificação, Portugal passa a ter três Reservas da Biosfera, sendo que, até agora, o país dispunha de uma única zona com tal estatuto – a Reserva Natural do Paul do Boquilobo (Golegã).
"No site da UNESCO, é dito sobre o Corvo que 'a reserva inclui a massa de terra e toda a área marítima circundante. Centenas de anos de agricultura e criação de gado criaram uma paisagem de significante importância cultural'.
Sobre a ilha Graciosa, o mesmo site diz que 'a reserva inclui os habitats costeiros e as florestas verdejantes onde vivem numerosas espécies de aves, morcegos, moluscos eantrópodes. Agricultura, produção de vinho e criação de gado são as formas tradicionais de sustento dos habitantes desta ilha culturalmente diversificada'."

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