Numa feliz iniciativa do Clube dos Pensadores, Manuel Alegre esteve ontem, em Gaia, para debater o tema "O Sistema político: alternância e alternativas".
Se quiser ler a sua intervenção inicial, vá a http://amaroporto2.blogs.sapo.pt/
Vale a pena. Talvez mais tarde, possa contar-vos o mais importante da participação do grande número de intervenções dos presentes.
4 comentários:
Elisabete,
Andei a vaguear por aqui (a)dentro e por aqui abaixo e por dentro de outras portas que desembocavam noutras tantas e fiquei abismada pela densidade estética que para aqui foi trazida em ilhas encantadas e portos amados.E depois fui também atracar num Luar tão Feliz e com uma música tão de elevar, que fui ficando...
Quem me dera saber usar assim a tecnologia, eu que mal sei lidar com computadores!
Mas também tenho um bloguezito, só com textos( e muito recente),blogue que dediquei à minha mãe, e onde exponho memórias de mim, para que a minh filha possa guardar também ela, memórias de sangue do seu sangue.
Gostei também das reflexões de Manuel Alegre e das que se estendem sobre o filme do nosso Manoel de Oliveirae de muitas outras que aqui se eternizam, porque sabe bem colher " o que vale a pena",o que prova "que a sua alma não é pequena."
Abraço
"E Alegre se fez triste"?
Gostava que a Ibel me permitisse o acesso ao seu "bloguezito". Pode ser? Também gosto de colher "o que vale a pena".
Ao meu amigo José Augusto Soares, prometo responder logo que possa. Agora, vou ter de sair e penso que merece uma resposta mais elaborada.
Um bom fim-de-semana!
Um abraço
Caro José Augusto,
Passei a minha juventude a ler e a cantar os poemas do Manuel Alegre, numa época em que isso era proibido. Ele é, por isso, uma referência na minha vida e ligado a grandes emoções. Pertence ao Partido Socialista no poder, eu não. Aliás, não pertenço a partido nenhum. Considero-me uma pessoa de esquerda mas, como diria a escritora Fernanda Botelho, quando aperto a mão a uma pessoa não lhe pergunto a que Partido pertence.
O Clube dos Pensadores promove debates com dirigentes e apoiantes de todos os quadrantes políticos. Apesar da importância que o M. Alegre teve nas vidas de muitos que lá estavam, não fomos homenageá-lo. Eu própria fiz críticas severas ao Governo e às suas políticas e muitos me apoiaram. Considero que estamos a viver um período de ditadura do chamado “bloco central”, em que dois partidos se revezam no governo do País, mas nenhum consegue resolver os problemas. Em termos de prática política não encontro diferença entre o PS e o PSD e, por isso, acho que os cidadãos devem acordar e participar mais na vida política.
Publiquei a intervenção do Alegre porque, apesar de tudo é quase a única voz contra a corrente dentro do PS. Já tenho desejado que “bata com a porta”, mas admito que ele tenha outra opinião e prefira lutar lá dentro. Esta é até, acho eu, a posição mais difícil.
Se o “Alegre se fez triste”? Penso que sim. Deve ter um desgosto imenso por ver o partido de que foi fundador fazer tanto mal aos portugueses. Mas… como ele diz, todos somos culpados. Está nas mãos dos cidadãos e não duma qualquer figura providencial a solução dos problemas.
É isso que tento fazer. Tomar posição e defender aquilo em que acredito.
Como alguém disse um dia destes, “Perdi as ilusões, mas não os ideais.”
Um abraço e comente sempre. Precisamos todos de repensar o futuro.
Elisabete
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